Países Altamente Industrializadas da Europa Ocidental

22/02/2014 21:39

Países Altamente Industrializados da Europa.

 

A maioria dos países da Europa Ocidental apresenta forte industrialização, este países estão ligados ao início da revolução industrial, portanto são industrializados a bastante tempo.

 

A Alemanha.

 

Apesar de ter sido destruída no fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha conseguiu se reconstruir graças aos financiamentos e investimentos obtido dos Estados Unidos por meio do Plano Marshall. Hoje, é a maior economia Europa Ocidental e uma das grande potências econômicas do mundo.
As indústrias de base ( metalúrgica ) continuam sendo de fundamental importância para a Alemanha, tanto que as poderosas empresas siderúrgicas instaladas em suas maiores jazidas de carvão no século XIX, principalmente nos vales do Reno e do Ruhr, constituem algumas de suas transnacionais mais notáveis. 

 

Parque industrial alemão

 

As maiores empresas alemaãs são as montadoras Volkswagen ( Bugatti), Daimler, Porsche, Opel, BMW e Audi, as indústrias químicas Hoechst, Bayer e Basf, o conglomerado eletroeletrônico Siemens, a indústria metalúrgica ThyssenKrupp, os consórcios energéticos Eon e RWE, o grupo Bosch ( ferramentas e peças) as de material esportivo Adidas ( Reebok) e Puma, a de alimentos Dr Oetker e Melitta, a de cosmésticos Nívea e Wella, a Faber-Castell.

 

Fábrica da Volkswagen em Wolfsburg, Alemanha

 

No setor de indústria mecânica, a Alemanha é o primeiro exportador mundial de máquinas-ferramentas, a região renana, que engloba os vales dos rios Reno e dois de seus afluentes (Meno e Ruhr), é a mais industrializada da Alemanha, com destaque para as cidades de Frankfurt, nas margens do rio Meno, e de Colônia, Essen, Dortmund e Düsseldorf, nas proximidades dos rios Reno e Ruhr. Além de altamente industrializada, Frankfurt é o principal centro financeiro do país e o segundo da Europa, depois de Londres.

 

Frankfurt capital financeira da Alemanha

 

Mais recentemente, duas outras regiões vêm se destacando pela industrialização avançada, baseada nos novos setores de ponta (biotecnologia, microeletrônica e informática): a área de Berlim, a nova capital do país depois da reunificação, na parte leste do território; e as áreas industriais ao redor das cidades de Stuttgart e Heidelberg, na parte sudoeste do país, nas proximidades do rio Neckar (outro afluente do Reno). Os setores de ponta (microeletrônica, engenharia elétrica e as indústrias de instrumentos de precisão) vêm recebendo grandes incentivos do governo alemão.

 

Sede da Faber Castell em Stein, Alemanha

 

A França

 

Desde a década de 1960, vem sendo implementada uma política de descentralização econômica do território francês, que está conseguindo diminuir a concentração excessiva do poder econômico historicamente exercida por Paris. O governo tem procurado diminuir as diferenças regionais que estavam agravando as dificuldades econômicas da França. Em grande parte, está sendo feito com o incremento da tecnologia de ponta, graças à qual puderam se desenvolver indústrias eletrônicas, químicas, eletromecâmicas etc., cujos estabelecimentos industriais estão espalhados por diversas áreas do território francês.

 

Parques industriais Franceses

 

A França é o país de origem de várias empresas multinacionais, entre as quais podemos citar: Air France, Air Liquide ( oxigênio), Alcatel (celular), Axa ( seguros), Carrefour (supermercados), a Citroën, Peuget e Renault ( automóveis), Danone ( alimentos), FNAC (livros), France Telecom ( telefonia), Leroy Merlin (vendas) , Michelin ( pneus), L'Oréal ( cosméticos), Total S.A. ( petróleo) e Louis Vuitton ( moda ).‎  

 

Assim, indústrias mecânicas - sobretudo a automobilística - e eletrônicas são encontradas em todo o oeste da França, destacando-se as cidades de Caen, Le Mans, Rennes, Brest, Argentan, Morlaix e Lannion.  Com os invstimentos do Estado, as indústrias dos setores aeronáutico e espacial começaram a ocupar grandes áreas do sudoeste do país, principalmente a cidade de Toulouse. Isso atraiu para essa região outras indústrias, como a de mecânica fina, a eletrônica e a química, instaladas em Bordéus, La Rochelle, Lacq e Bayonne.

 

O Reino Unido

 

  A Grã-Bretanha (Inglaterra, País de Gales e Escócia) e a Irlanda do Norte formam o Reino Unido. A Inglaterra é, há muito tempo, a área mais povoada e mais importante do ponto de vista político e econômico desse Estado monárquico, em 1536, a Inglaterra uniu-se ao País de Gales; em 1707, à Escócia; e, em 1800 à Irlanda, oficialmente. Mas, no início do século XX, perdeu a maior parte do território da Irlanda.
O ingresso do Reino Unido no Mercado Comum Europeu, que ocorreu apenas em 1973, representou uma mudança significativa na política econômica do país, pois até 1960 o Reino Unido defendia uma política de isolamento em relação ao continente europeu. Preferia manter relações comerciais, políticas e econômicas com os Estados Unidos e com os países da Commonwealth (Comunidade Britânica de Nações), fundada pela Grã-Bretanha e integrada por suas ex-colônias.   

Londres, a capital e principal cidade do país, continua sendo o grande centro industrial, financeiro, comercial e portuário do Reino Unido, lá se localizam os principalmente setores da indústria mecânica (construção de automóveis, navios, aviões, aerobarcos). Liverpool e Birmingham, também situadas na Inglaterra, são importantes centros siderúrgicos. Em Cardiff, no País de Gales, e em Belfast, na Irlanda do Norte, estão as indústrias mecânicas. Na Escócia, Glasgow se destaca nos setores mecânico, siderúrgico e químico.

O Reino Unidos possuiu grandes montadoras de automóveis, como: Jaguar, Aston Martin, Mc Laren e Rolls Royce, a Adams (doces), a AstraZeneca ( farmacêutica), o Barclays Bank (bancário), Bristish Petroleum (petróleo), British Airways (aviação), Castrol (lubrificantes), HSBC (bancário), Shell ( petróleo) ( Inglesa e holandesa), Umbro ( material esportivo), Unilever ( inglesa e holandesa)( produtos de limpeza e higiene), Vodafone Group (telefonia)

 

 

A Itália

 

 A partir de 1950, graças a uma política de grandes investimentos implementada pelo Estado, a Itália conseguiu realizar mudanças profundas no sul do país, principalmente no setor primário, modernizado por meio de práticas agrícolas como a conservação dos solos e a irrigação. Também grandes indústrias estatais dos setores químico e metalúrgico instalaram fábricas nas cidades de Palermo e Siracusa, na Sicília, e em Nápoles, Bari e Tarento.

 

Parque industrial Italiano

 

O capital privado teve participação nesse processo de modernização econômica: a Fiat, grande multinacional italiana sediada em Turim, e a Alfa-Romeo instalaram fábricas de automóveis em Nápoles e na Sicília. Dessa maneira, o sul vem conseguindo diminuir as diferenças em relação ao norte, embora até hoje o norte, onde Milão se destaca como capital econômica do país, continue sendo a região mais desenvolvida da Itália.

 

Fábrica da Ferrari em Maranello, Itália

 

Podemos citar como grandes empresas italianas a Agip (combustíveis), Alitalia ( aviação), Barilla (alimentos), Benetton (roupas), Diadora, Lotto e Kappa (material esportivo), Ferrero ( doces), Lamborguini, Maserati ( automóveis), Ducatti  e Guzzi (motocicletas), Iveco (caminhões), Olivetti ( equipamentos eletrônicos), Parmalat ( alimentos), Pirelli (pneus).

 

 

Benelux ( Bélgica, Holanda e Luxemburgo ).

 

 As relações entre esses três países são tão estreitas que, de certa maneira, fica difícil separá-los em qualquer estudo. Tanto é que, em razão de sua grande interdependência, criaram a União Econômica do Benelux - sigla composta de letras iniciais de Bélgica, Nederland (Holanda ou Países Baixos) e Luxemburgo. A tradicional indústria de base da Bélgica, que se concentra na região carbonífera e metalúrgica dos rios Mosa, Haine e Sambre, depende do minério de ferro de Luxemburgo (que lhe exporta a metade do total de sua produção) e do gás natural exportado pelos Países Baixos. 

 

Parque Industrial Holandês

 

A histórica região de Flandres, na Bélgica, ainda vive da indústria têxtil. A cidade de Liège se destaca pelas indústrias mecânicas. E Antuérpia exporta, através de seu porto, cerca de 80% da produção de todo o país, o que inclui a lapidação de diamantes e produtos da indústria química, aí estabelecida há pouco tempo. 

 

Porto da Antuérpia

 

A Holanda, em sua luta desde a Idade Média contra as águas do Mar do Norte, construiu vários pôlderes em seu território e drenou áreas lacustres e pantanosas, conseguindo aumentar a sua extensão territorial.

Podemos citar como grandes empresas holandesas o ABN Amro ( bancário), C&A ( roupas e acessórios), Heineken (cerveja), Makro ( supermercado), Philips (eletrônicos) , Shell ( petróleo), Unilever ( produtos de limpeza e higiene).

 

Sede da Unilever, na Holanda

 

 

Suécia

 

 A Suécia distingue-se por ser um Estado-Nação de economia de mercado que, a partir de 1932, se transformou no principal exemplo de um Estado de bem-estar social, ou seja, uma socialdemocracia. O Estado mantém a propriedade privada e a livre-iniciativa das empresas, mas aplica uma política econômica que lhe permite cobrar elevados impostos sobre a renda dessas empresas e dos cidadãos em geral, principalmente dos mais ricos.  

 

Parque industrial sueco

 

Assim, o Estado transfere os recursos obtidos por meio dessa elevada tributação a determinadas classes sociais ou a setores econômicos que necessitam desses recursos, como desempregados, aposentados, sistema escolar, rede pública de atendimento médico-hospitalar etc. O Estado, portanto, desempenha efetivamente o papel de orientador na administração da economia do país. A Suécia é um dos países com a melhor qualidade de vida do mundo.

A Suécia apresenta uma forte industrialização, apoiada no grande desenvolvimento tecnológico e no funcionamento de usinas nucleares. Conta também com intensa produção de energia elétrica - a partir do aproveitamento dos rios de relevo acidentado - e com grandes reservas de minério de ferro de alto teor carbonífero. Podemos citar como grandes empresas a Atlas Copco ( máquinas pesadas), H&M ( roupas e moda), Ericsson ( celulares), Electrolux ( eletrodomésticos), Scania e Volvo ( caminhões e carros)  e a SAAB ( aviões e sistemas militares). 

 

Fábrica da SAAB na Suécia

 

 

Austria

 

  A Áustria, localizada na porção central da Europa e ponto de contato entre as culturas da Europa Oriental e Europa Ocidental, é um Estado-Nação recente, até 1918, fez parte do grande Império Austro-Húngaro, desmembrado após a derrota sofrida na Primeira Guerra Mundial. Assim, a Áustria constituiu-se como país apenas em 1919, quando Estados Unidos, Rússia, Reino Unido e França impediram-na de integrar-se à Alemanha como província.

  Na economia austríaca destacam-se os setores metalúrgico e mecânico. A principal empresa multinacional austríaca é a Red Bull ( energético).

 

 

Suíça

 

A Suíça é um país tradicionalmente neutro, ou seja, não se envolveu em nenhum dos principais conflitos do século XX. Essa neutralidade foi estabelecida no Congresso de Viena, em 1815. Distingue-se pela sua Constituição interna, que abriga etnias e culturas diferenciadas, identificam-se, assim, as zonas alemã, italiana e francesa, cujos idiomas (alemão, italiano e francês) são reconhecidos como as línguas nacionais do país. A Suíça especializou-se na produção industrial de instrumentos de precisão e na fabricação de relógios, exportados para o mundo inteiro.

Outro fator que notabiliza a Suíça é o papel financeiro que exerce internacionalmente. Essa posição, historicamente consagrada,  transformou o país no principal centro bancário do mundo contemporâneo. Os bancos suíços abrigam anonimamente, ou melhor, escondem em contas numeradas, grande parte das maiores fortunas do planeta, até mesmo de muitos países do Sul.

As principais empresas suíças são a Swatch ( relógios), Nestlé (alimentos), Norvartis( farmacêutica) e Syngenta ( sementes agrícolas).